A Shein é confiável? O que os clientes devem saber em 2025

O crescimento da Shein tem sido explosivo. Com preços que muitas vezes parecem baixos demais para serem verdade e um aplicativo criado para manter você navegando sem parar, ela se tornou uma das plataformas de moda mais baixadas do mundo.

Porém, por trás dos descontos constantes e dos lançamentos diários de produtos, existe uma história mais complexa.

Alguns clientes adoram a conveniência. Outros levantam preocupações sobre privacidade, qualidade e a ética por trás daquilo que é oferecido.

Então, a Shein é confiável ou os riscos superam os benefícios? Este guia analisa os acertos da marca, suas falhas e o que você precisa saber antes de comprar.

O que é Shein e como funciona?

A Shein é um dos maiores marketplaces de moda online do mundo, conhecida por seus preços baixos, rápida rotatividade de produtos e um enorme catálogo de roupas, acessórios, produtos de beleza e itens domésticos.

Em vez de fabricar todos os seus produtos diretamente, a loja Shein opera como um marketplace digital que obtém a maior parte de seu estoque a partir de uma ampla rede de fornecedores terceirizados, principalmente na China. Esses fornecedores produzem pequenos lotes de itens com base nas previsões de demanda da Shein, orientadas por dados. Os produtos são então enviados para centros de distribuição administrados pela Shein (principalmente na China, mas também em regiões como os EUA, Europa e Ásia) para triagem, embalagem e envio internacional.

Esse sistema centralizado permite que a Shein otimize a logística e reduza os custos de envio. Os negócios da empresa são quase inteiramente online, operando por meio de seu site e aplicativo móvel popular, sem lojas físicas permanentes. Esse modelo direto ao consumidor, com foco no aplicativo, permite que a empresa introduza e teste rapidamente novos estilos em resposta às tendências em tempo real e ao comportamento do cliente.

O modelo de fast fashion por trás da Shein

A Shein compete com base na velocidade. A empresa acompanha as tendências de estilo em plataformas como TikTok e Instagram e, em seguida, lança rapidamente novos produtos. A maioria começa em pequenos lotes. Se algo vende, eles produzem mais. Se não vende, desaparece.

Diferentemente das marcas tradicionais que lançam coleções sazonais, a Shein adiciona milhares de itens diariamente. O sistema é projetado em torno de alterações constantes.

Por trás de tudo isso, há um modelo baseado em grande volume de dados. Algoritmos analisam buscas, cliques e compras para decidir o que vale a pena produzir. É assim que a Shein evita estoques parados e mantém os preços baixos.

Principais recursos de compra e funcionalidades do app

Grande parte do sucesso da Shein vem da eficácia com que seu aplicativo mantém o usuário engajado. A plataforma é fluida, personalizada e projetada para incentivar a interação frequente. Veja como:

• Check-ins diários: você pode ganhar pontos visitando a página de check-in; pontos bônus são concedidos para check-ins realizados em vários dias consecutivos.
• Recomendações personalizadas: as sugestões de produtos são personalizadas com base no seu histórico de navegação e compras.
• Recompensas gamificadas: você pode ganhar pontos escrevendo avaliações, enviando fotos ou participando de eventos por tempo limitado.
• Ofertas relâmpago e códigos promocionais: ofertas por tempo limitado e descontos rotativos criam urgência e incentivam os usuários a comprar por impulso.
• Elementos de compras sociais: o aplicativo inclui transmissões ao vivo de compras, avaliações de fotos geradas pelos usuários, listas de desejos e concursos de looks, dando a impressão de ser mais um feed de redes sociais do que uma loja virtual.

Por que a Shein se tornou popular no mundo todo

A Shein soube aproveitar as principais dinâmicas do mercado no momento certo. Durante a pandemia, os consumidores preocupados com o orçamento recorreram a opções online acessíveis, e a Shein ofereceu preços que poucos concorrentes conseguiam igualar.

A empresa ganhou impulso nas redes sociais, onde vídeos de compras da Shein e parcerias com influenciadores se espalharam viralmente pelo TikTok e YouTube. As colaborações com microinfluenciadores criaram uma sensação de autenticidade e identificação.

A Shein também dominou a logística. Apesar de estar sediada na China, a marca envia produtos para mais de 150 países, com prazos de entrega de apenas uma a duas semanas em muitas regiões.

No terceiro trimestre de 2024, a Shein se tornou a varejista de roupas online mais visitada do mundo, superando Zara, H&M e Nike em termos de tráfego, segundo a Similarweb.

Onde fica a Shein e quem é seu proprietário?

A Shein foi fundada em Nanjing, na China, e permanece profundamente ligada à infraestrutura de manufatura chinesa. Em 2022, a Shein transferiu sua sede para Singapura, provavelmente para apoiar a expansão global e melhorar o acesso a mercados internacionais ou a flexibilidade regulatória.

A Shein é uma empresa privada controlada pela Roadget Business Pte. Ltd., uma entidade sediada em Singapura e apoiada por capital de risco global e investidores privados. A mídia costuma mencionar Chris Xu (também conhecido como XuYangtian ou SkyXu) como fundador e CEO da empresa, mas a Shein não confirmou oficialmente sua equipe executiva nem publicou perfis de seus líderes. A estrutura de propriedade e a liderança da empresa permanecem em grande parte opacas.

Comprar na Shein é seguro?

Resposta curta: geralmente sim, mas há ressalvas.

A Shein é uma empresa funcional com sistemas de pagamento seguros e envio internacional. No entanto, preocupações com segurança, privacidade e qualidade foram levantadas — e, em alguns casos, comprovadas.

Métodos de pagamento e segurança do cartão de crédito

O site e o aplicativo da Shein usam criptografia HTTPS para proteger dados financeiros durante o processo de finalização da compra. A plataforma aceita os principais métodos de pagamento, incluindo cartões de crédito e débito, PayPal e carteiras digitais como Apple Pay e Google Pay.

Em 2018, a Zoetop (então empresa controladora da Shein e da Romwe) sofreu uma violação de dados que expôs dezenas de milhões de contas de usuários. Inicialmente, a empresa alegou que apenas 6,42 milhões de usuários foram afetados, mas uma investigação em 2022 levada a cabo pelo procurador-geral de Nova York revelou que o número real era muito maior: 39 milhões de contas da Shein e 7 milhões de contas da Romwe foram comprometidas.

Os invasores obtiveram acesso a e-mails de clientes, nomes, senhas criptografadas e, em alguns casos, dados de pagamento, em parte devido à criptografia fraca de senhas da Zoetop e à falha na segurança de seus sistemas internos. A Zoetop não possuía um sistema de monitoramento adequado para detectar a violação até que seu processador de pagamentos emitiu um alerta.

Apesar de ter conhecimento da extensão total do ataque, a Zoetop não redefiniu as senhas afetadas nem notificou a maioria dos usuários. Posteriormente, descobriu-se que a empresa havia distorcido os fatos sobre a violação e negligenciado medidas básicas de segurança cibernética, como varreduras de vulnerabilidades e controles de registros.

Em 2022, a Zoetop pagou US$ 1,9 milhão em multas e concordou em reformular suas políticas de segurança, incluindo criptografia mais robusta, monitoramento em tempo real e notificações de violação de dados mais claras. A Shein, agora operando sob uma estrutura diferente, afirmou que "cooperou plenamente” com a investigação e "tomou medidas significativas para fortalecer sua postura de segurança cibernética”, embora nenhuma auditoria independente tenha sido publicada.

Como a Shein trata dados pessoais

A Shein coleta uma ampla gama de dados quando você usa o site ou aplicativo da empresa. De acordo com sua política de privacidade, isso inclui seu e-mail, número de telefone, endereço IP e informações sobre seu dispositivo e navegador.

A política afirma que alguns desses dados (como IDs de dispositivo, histórico de navegação e comportamento de compra) são usados ​​para publicidade baseada em interesses, enquanto outras categorias dão suporte a serviços essenciais, como processamento de pedidos ou prevenção de fraudes.

A Shein também pode solicitar permissões do dispositivo (como câmera ou armazenamento) para oferecer recursos como envio de fotos e avaliações de produtos. Os usuários devem conceder essas permissões ativamente.

Em relação ao compartilhamento de dados, a Shein afirma que fornece suas informações a terceiros apenas sob contratos rigorosos para serviços como detecção de fraudes, processamento de pagamentos, envio e análises.

O que isso significa para você:

• A Shein coleta dados pessoais e originados do dispositivo para serviços de pedidos e atividades de marketing.
• Você controla permissões opcionais, como acesso à câmera.
• Os dados do cartão de pagamento são processados ​​externamente por processadores terceirizados.
• Embora a Shein compartilhe dados com parceiros, ela está sujeita aos termos do contrato de privacidade.

A coleta de dados é comum em aplicativos de e-commerce, mas o aplicativo da Shein inclui recursos (como envio de fotos, check-in em eventos ao vivo e sincronização de calendário) que acionam uma gama mais ampla de permissões do dispositivo (câmera, armazenamento, localização, calendário e microfone). Essas permissões são opcionais e devem ser concedidas pelo usuário, mas esse conjunto mais amplo de solicitações é mais extenso do que o normalmente necessário para aplicativos como Zara ou H&M. Além disso, em julho de 2025 na França, a Shein enfrentou acusações de não informar adequadamente os usuários sobre os cookies de rastreamento que utiliza, bem como de continuar lendo informações dos cookies mesmo depois que os usuários os recusam.

Práticas de segurança online

O site oficial da Shein é legítimo, mas existem sites falsos. Sempre verifique o URL antes de fornecer informações pessoais ou dados de pagamento. Além disso, tenha cuidado com pop-ups externos ou redirecionamentos suspeitos — alguns anúncios podem levar a páginas de phishing que se fazem passar pela Shein.

Riscos de falsificação e transparência da marca

A maioria dos itens da Shein não possui marca, então é improvável que você receba produtos de luxo falsificados. No entanto, os clientes têm pouca visibilidade sobre a origem dos itens ou como eles são fabricados.

Em plataformas como Etsy ou Amazon, os anúncios geralmente mostram o nome do vendedor, a origem ou os materiais. As páginas de produtos da Shein raramente incluem esses detalhes. Normalmente, você não sabe qual fábrica produziu um item ou quais padrões ele atende.

A empresa agora publica relatórios de sustentabilidade e impacto social que abrangem auditorias de fornecedores, metas de emissões e programas de fabricação. Mas esses relatórios são mais genéricos. Ainda falta rastreabilidade ao nível do produto, e a Shein sofreu multas na UE por enganar os clientes sobre o impacto ambiental da empresa.

Proteção aos compradores

A Shein permite a devolução da maioria dos itens em até 30 dias, desde que não tenham sido usados ​​e possuam as etiquetas originais. Alguns itens, como lingerie, biquínis sem forro e determinados cosméticos, não podem ser devolvidos.

As devoluções são processadas pelo site ou aplicativo da Shein. Nos EUA, a primeira devolução por pedido é gratuita para itens elegíveis; após isso, será cobrada uma taxa para cada devolução adicional. Devoluções de itens grandes ou para áreas remotas podem exigir o envio por conta do cliente, com reembolso disponível mediante aprovação.

Os reembolsos são processados ​​após a inspeção dos itens, e você pode optar por receber o reembolso no método de pagamento original ou como crédito na Carteira Shein, que pode ficar disponível mais rapidamente.

Por que os produtos da Shein são tão baratos?

Shein ficou conhecida por seus preços baixos, com camisetas por menos de US$ 5 e conjuntos completos por menos de US$ 20. Esse nível de acessibilidade vem da forma como a empresa é estruturada. Cada parte de sua operação é projetada para reduzir custos. Porém, em 2025 uma grande mudança de política começou a alterar o cenário.

Veja o que mantém os preços da Shein baixos e por que alguns deles estão subindo nos EUA.

Redução de custos na fabricação e logística

A maioria dos produtos da Shein é produzida em fábricas no exterior com custos operacionais menores, principalmente na China. Em comparação com as fábricas em países ocidentais, essas fábricas normalmente pagam salários menores, têm menos proteções trabalhistas e operam em regiões com matérias-primas e serviços públicos mais baratos.

Materiais como o poliéster, que representa mais de 80% do portfólio de materiais da Shein, são baratos, mas geralmente apresentam desvantagens em termos de conforto e meio ambiente.

O controle de qualidade é básico, portanto produtos defeituosos podem passar despercebidos. No que diz respeito à logística, a Shein utiliza remessas em grande escala e processos de distribuição simplificados.

Custos operacionais reduzidos e modelo de venda direta ao consumidor

A Shein dispensa lojas físicas, vendedores e atacadistas. Os pedidos são enviados diretamente dos fornecedores para você. O marketing se baseia em parcerias com influenciadores, em vez de grandes orçamentos de publicidade, mantendo os custos baixos e as margens reduzidas.

O papel da IA ​​no gerenciamento de estoques e na precificação

A Shein usa inteligência artificial para monitorar tendências, gerenciar estoque e ajustar preços. Novos modelos são lançados rapidamente, produzidos em lotes limitados — e a produção é ampliada somente se houver demanda. Se um produto não tiver um bom desempenho, ele recebe desconto ou é promovido por meio de vendas relâmpago.

Recursos gamificados, pontos de recompensa e preços baseados no engajamento fidelizam os usuários, alimentando um mecanismo de varejo ágil e orientado por dados que prioriza baixo custo e giro rápido de estoque.

Nova pressão decorrente de tarifas e mudanças nas políticas

Em 2025, os Estados Unidos eliminaram uma importante isenção tarifária que anteriormente permitia a entrada sem impostos de encomendas de baixo valor da Shein provenientes da China. Essa isenção, conhecida como regra "de minimis", permite que encomendas com valor inferior a US$ 800 sejam isentas de impostos de importação.

Após o término da isenção, novas tarifas foram impostas, com taxas que chegaram a 145% em algumas remessas. Um acordo temporário posterior reduziu a tarifa sobre remessas comerciais para cerca de 30%, enquanto encomendas postais estão agora sujeitas a uma taxa de 54% ou a uma taxa fixa de US$ 100.

Em resposta, a Shein confirmou que aumentaria os preços para os consumidores americanos a partir de abril de 2025. Analistas observaram que, no geral, os preços subiram cerca de 10%, mas o impacto variou bastante de acordo com a categoria.

De acordo com a Bloomberg, produtos de saúde e beleza tiveram um aumento médio de mais de 50%. Os artigos para o lar subiram mais de 30%. Mesmo na categoria principal da Shein (roupas femininas), os preços dos 100 itens mais populares aumentaram cerca de 8%. Alguns produtos individuais registraram aumentos significativos, incluindo os panos de prato, que tiveram um aumento de mais de 300%.

O impacto a longo prazo dessas tarifas ainda não está claro. As regras comerciais continuam em constante mudança, e alterações adicionais podem afetar os preços nos próximos meses. Por enquanto, a Shein continua ajustando sua estratégia para se manter competitiva, mas os dias de importações isentas de impostos e extremamente baratas podem estar chegando ao fim para os clientes da Shein nos EUA.

Por que a Shein é controversa?

O modelo de negócios da Shein é inegavelmente bem-sucedido, mas seus impactos são controversos:

Práticas trabalhistas e condições de fábricas

Relatórios investigativos revelaram condições preocupantes em algumas fábricas fornecedoras da Shein. Trabalhadores relataram jornadas de trabalho de 18 horas, ambientes inseguros e pouco tempo livre.

A Shein avalia seus fornecedores usando um sistema de classificação de cinco níveis, de A a E, com base em uma lista de verificação de auditoria de 140 pontos. Essas auditorias examinam as condições de trabalho, a segurança no local de trabalho, as práticas ambientais, a transparência do fornecedor e os sistemas de gestão. Qualquer fornecedor que receba uma classificação E é desqualificado para integração, e aqueles que obtiverem pontuações baixas repetidamente podem ser removidos da cadeia de suprimentos.

Em 2024, 47% dos fornecedores auditados obtiveram classificações A ou B (um aumento em relação aos 29% do ano anterior), mas quase metade ainda obteve nota C ou inferior.

Preocupações com a sustentabilidade ambiental

A Shein tem enfrentado críticas generalizadas devido ao seu impacto ambiental, em grande parte por causa de seu modelo de moda ultrarrápida. A empresa lança milhares de novos modelos todos os dias, incentivando o consumo excessivo e a curta vida útil dos produtos. Esse ciclo de produção acelerado depende fortemente de materiais sintéticos baratos, como o poliéster, que são derivados de combustíveis fósseis e não são biodegradáveis, contribuindo para o acúmulo de lixo em aterros sanitários e a poluição por microplásticos.

Violações de propriedade intelectual

Artistas e designers frequentemente acusam a Shein de copiar seus trabalhos. A marca enfrentou dezenas de processos judiciais ao longo dos anos, incluindo alegações de roubo sistemático usando inteligência artificial para replicar designs populares. Embora a Shein geralmente remova itens que infringem direitos autorais após reclamações, críticos argumentam que essa estratégia reativa incentiva a cópia em detrimento da originalidade.

O impacto da moda ultrarrápida na indústria

A Shein redefiniu o ritmo da moda. Os concorrentes se sentem pressionados a acelerar os ciclos de produção e a cortar custos para se manter competitivos. Essa corrida pode comprometer a qualidade, os padrões trabalhistas e os esforços de sustentabilidade em todas as marcas de fast fashion.

Há algum problema em usar roupas da Shein?

Não há nada inerentemente inseguro em usar roupas da Shein. Mas existem preocupações éticas e de saúde que valem a pena considerar.

Considerações sobre compras éticas

Usar roupas da Shein significa apoiar indiretamente sua cadeia de suprimentos. Alguns consumidores optam por evitá-la devido ao seguinte:

• Preocupações com a exploração laboral.
• Impacto ambiental.
• Casos de roubo de design.

Outros argumentam que a acessibilidade é importante e que é injusto envergonhar os compradores de baixa renda. Uma abordagem consciente pode significar comprar apenas o que você realmente usará, apoiar os programas de revenda da Shein ou comprar em segunda mão.

Saúde e segurança dos materiais utilizados

Alguns itens da Shein apresentaram resultado positivo para substâncias químicas perigosas em múltiplas investigações:

• Chumbo e ftalatos: em 2021, o programa de rádio pública e organização de mídia americana Marketplace encontrou uma jaqueta infantil da Shein contendo quase 20 vezes o limite legal de chumbo no Canadá. Segundo a agência de notícias internacional francesa Agence France-Presse, as autoridades sul-coreanas descobriram altos níveis de ftalato em calçados da Shein em agosto de 2024, com um par 229 vezes acima do limite legal.
• Formaldeído e outros irritantes: segundo a organização ambientalista Greenpeace Alemanha, testes na Coreia do Sul e na Europa também identificaram formaldeído e outros irritantes em itens vendidos pela Shein, alguns em concentrações proibidas pelas leis de segurança locais.

Esses foram incidentes isolados, mas destacam a inconsistência no controle de qualidade.

Percepção da comunidade e reputação da marca

A opinião sobre a Shein está dividida. Para alguns, ela é barata, prática e divertida de navegar. Para outros, representa tudo de errado com a moda rápida: desperdício, plágio e desrespeito ao custo real por trás dos preços baixos.

6 maneiras de comprar na Shein com segurança e inteligência

Comprar na Shein pode ser conveniente, mas não está isento de riscos. Estas dicas rápidas podem ajudar você a evitar problemas comuns e proteger sua privacidade enquanto faz compras.

• Use métodos de pagamento seguros: sempre que possível, pague com cartão de crédito ou PayPal. Esses métodos oferecem maior proteção ao comprador, incluindo a possibilidade de solicitar estornos com mais facilidade caso o pedido não chegue, seja cancelado ou chegue danificado.
• Leia avaliações verificadas e classificações de vendedores: ignore as fotos do produto e confira o que os clientes reais dizem nas avaliações da loja Shein. Procure por padrões, especialmente em relação a tamanho, qualidade ou frete.
• Entenda as tabelas de tamanhos e medidas: as medidas da Shein podem variar. Sempre verifique a tabela de tamanhos e compare com suas medidas reais.
• Evite pop-ups e anúncios suspeitos: ignore pop-ups que ofereçam promoções imperdíveis ou cartões-presente. Eles geralmente levam a sites de phishing que se fazem passar pela Shein.
• Acompanhe seu pedido e conheça as regras de devolução: acompanhe as informações de rastreamento e guarde os e-mails de confirmação. Algumas devoluções são gratuitas; outras têm custo, portanto leia as letras miúdas.
• Revise o URL do site e use credenciais de login robustas: sites fraudulentos imitam o design da Shein para roubar logins e informações de cartão de crédito. Use um gerenciador de senhas para evitar cair nesses golpes: o preenchimento automático de credenciais ocorre apenas no domínio salvo, ajudando você a evitar sites falsos semelhantes. Além disso, nunca reutilize a mesma senha em diferentes plataformas.

Veredito: você deve comprar na Shein em 2025?

Depende do que você procura. A plataforma oferece bom preço, variedade de produtos e funcionalidades básicas. Os pagamentos são geralmente considerados seguros (embora tenham ocorrido algumas violações de segurança) — e a maioria dos pedidos chega sem problemas.

Porém, ela coleta uma grande quantidade de dados de usuários, oferece pouca visibilidade sobre como os produtos são fabricados e continua sob escrutínio em relação às condições de trabalho, práticas de propriedade intelectual e emissões do transporte.

Para moda de baixo custo, funciona. Para privacidade, rastreabilidade ou sustentabilidade, as lacunas são mais difíceis de ignorar.

Use-a se os benefícios superarem as preocupações para você. Apenas tome a decisão considerando o panorama completo.